A valentia em obedecer a Deus...



"... entrego na sua mão Jericó, o seu rei e os seus guerreiros. (Josué: 6. 2)

Ser valente por ser obediente, para alguns, pode ser contraditório.... mas não é! Essa é a característica de um homem extremamente valente: Josué! Para vencer Jericó, Josué (e todo o povo) deveria simplesmente obedecer as regras... Então, surge a base da afirmação anterior. Obedecer as regras de Deus é uma questão de valentia pois nem sempre as regras de Deus farão sentido para nós!

Eu creio que Deus é um ser inquestionável. Sempre foi e sempre será. Mas a palavra dele nos dá liberdade para tentar conhecê-lo e assim, pela revelação dele mesmo, entendê-lo. Nem sempre conseguiremos totalmente... mas vez por outra me pego achando algo. Não é achismo, mas fé... Bem, digamos que Josué questionasse as ordens divinas. Não seria de tudo sacrilégio, seria? Claro que seria. Deus não colocaria seu povo diante de Jericó para ser destruído pelo inimigo. Outra coisa, ele não falaria com Josué sobre vitória sem que não fosse verdade. Mas, vamos combinar que a ordem dada era muito diferente de tudo que eles já tinham visto. E Josué não questionou, obedeceu. "entrego na sua mão Jericó, o seu rei e os seus guerreiros. (6..2)

Para esta vitória não bastava somente obedecer... tinha que obedecer à risca. Manter a ordem executada em todos os detalhes. Olhem as riquezas de detalhes: Durante seis dias os homens de guerra deveriam cercar a cidade uma vez por dia. Ir, rodear, voltar... durante seis dias. Você pode estar pensando o que muita gente naquele momento pensou: coisa de gente doida. E pra ser mais estranho, no sétimo dia, deveriam rodear a cidade sete vezes, os sacerdotes deveriam dar um forte e longo toque de corneta e o povo gritar. Que estratégia militar era esta? Era estratégia Divina... ninguém pode com ela. Ninguém fica de pé diante dela. Ninguém a vence! Josué venceu não pela força do seu braço, mas pelo poder que emana de uma atitude de obediência! Creia!!! Obediência é poder!

Três fortes detalhes que gosto de observar neste episódio:
 A exigência do silêncio. Tudo tinha que ser feito num rigoroso silêncio por parte do povo. A orientação era usar a voz somente no sétimo dia com um brado de vitória! Para um povo que tinha uma história de murmuração no passado esta é uma boa prova de que Deus estava ensinando ao povo que fé tem som próprio. Que o silêncio é som nos céus e que falar na hora certa e o certo, ainda é o quisito para a vitória. Dessa forma, como por causa da murmuração a geração passada não entrou na terra prometida, assim através do silêncio o povo entrou e tomou posse da cidade de Jericó. 

Um fortíssimo detalhe que quero enfatizar... todos os dias, a arca deveria ir adiante do povo, levada pelos sacerdotes. A arca sempre representou Deus entre o povo. A presença de Deus com o povo, entre o povo, dentro do povo... simbolicamente. A arca era a prova de que haveria vitória pois Deus estava com o povo. A glória, Shekiná ( palavra que significa "aquele que habita"), entre eles, os hebreus chamavam esta manifestação da glória visível ou do esplendor de Deus. Sem Deus nada podemos fazer mas, com Ele, tudo é possível. Se há presença de Deus, há glória, há vitória.

Outro forte detalhe seriam as trombetas tocadas. As trombetas, ou shofar, tinham dupla função: Convocar o povo para uma assembleia e proclamar uma vitória.  No caso aqui, a vitoria do povo!
Deus é rigoroso com seu povo pois ele é perfeito em honrar e abençoar. Ao tocarem as trombetas naquele dia, na sétima volta, as muralhas tombaram. Era o anúncio de uma grande vitória. Para os judeus, a festa das trombetas é um memorial. Além disso, ela aponta para o dia glorioso, o arrebatamento da igreja, que então haverá o cumprimento das duas funções. Será o dia da vitória sobre a morte para todos os salvos e o dia da maior assembleia dos santos de todos os tempos. 

Estes fortes detalhes tem uma verdade própria: O silêncio unifica. O povo todo trabalhou em conjunto com Josué até o final. A fé foi alimentada e acrescida diariamente através da arca, Já a expectativa, esperança quanto ao momento triunfal tinha a marca da trombeta.. era como uma promessa: vai ter festa, obedeçam que vai ter festa!!!!

Obediência é coisa de gente valente. Que não tem medo de crer e esperar a vitória das mãos de Deus. Se você está obedecendo a Deus... vai ter festa, vai ter festa!

Pela cruz de Cristo, Maristela Guimarães.

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