Por detrás da grandeza...

947299_421872414581370_814883152_nCada vez que iniciamos um estudo sério de uma vida notável, precisamos nos preparar para surpresas. O interessante é que,
quanto mais notável a vida, mais chocantes as surpresas. Você pode ter certeza de uma coisa: as circunstâncias e eventos que levaram à grandeza dessa pessoa tiveram origem em anos obscuros, quando poucos a conheciam e ninguém se importava com sua existência. Isso é certamente verdade com relação ao décimo sexto e provavelmente o maior presidente norte-americano, Abraham Lincoln.
Quase todos imaginariam que o cargo de presidente dos Estados
Unidos seria um clímax adequado para uma vida já cheia de prestí­
gio. Afinal de contas, quem se torna presidente cresceu, com certeza,
num ambiente requintado, emergindo naturalmente para brilhar sob os holofotes antes de cair em seu colo, sem qualquer esforço de sua parte, o cargo de presidente. Nada disso. Lincoln nasceu em 1809, numa rústica casa de madeira, no lugarejo então conhecido como Condado de Hardin, no estado de Kentucky. Seu pai era um trabalhador itinerante, iletrado, sua mãe, uma mulher frágil e doente. Eles foram despejados de casa quando Abraham tinha apenas sete anos. Sua pobre mãe morreu quando tinha nove. Não teve virtualmente qualquer educação formal.
Sua primeira tentativa de uma carreira foi em 1831 e fracassou
por completo. Um ano mais tarde, candidatou-se a ocupar o cargo de
legislador do estado, mas não teve sucesso. Nesse mesmo ano perdeu
o emprego e tentou matricular-se na escola de direito, mas não foi
aceito por causa de suas desprezíveis qualificações. Pouco depois dessa
situação humilhante, começou outro negócio com dinheiro tomado
de empréstimo de um amigo íntimo. Antes de terminar o ano,
porém, o negócio fracassou. Lincoln declarou falência e passou os 17
anos seguintes pagando o que devia.
Em 1835, apaixonou-se perdidamente por Ann Rutledge, mas
teve o coração partido quando ela morreu pouco depois do noivado.
No ano seguinte, teve um colapso nervoso e levou seis meses para
recuperar-se. Em 1838, candidatou-se a orador da Câmara Estadual e foi derrotado. Em 1840, dois anos mais tarde, quis ser membro do colégio eleitoral do estado, mas foi novamente derrotado. Em 1846, candidatou-se outra vez para o Congresso e ganhou. Dois anos mais tarde, veio a ser fragorosamente derrotado quando quis concorrer à reeleição. Em 1849, tentou conseguir o cargo de oficial do registro imobiliá­rio em seu estado, mas não foi aceito. Em 1854, candidatou-se ao Senado dos Estados Unidos. Perdeu novamente.
Em 1856, tentou ser nomeado vice-presidente da convenção nacional
do seu partido. Obteve menos de cem votos, sofrendo nova derrota embaraçosa. Em 1858, perdeu novamente uma vaga no Senado. Finalmente, em 1860, Abraham Lincoln foi eleito presidente dos Estados Unidos e, logo depois, enfrentou a guerra mais devastadora que o país já teve de enfrentar. Sua perseverança recompensou-o com sucesso político sem precedentes, e foi reeleito para um segundo mandato. Infelizmente, apenas cinco dias depois de o general Lee ter-se rendido, a 14 de abril de 1865, Lincoln foi assassinado. Ele morreu antes de fazer sessenta anos.
Sem conhecer nenhum desses detalhes, refletimos sobre uma presidência como a de Lincoln e nossa tendência é pensar: Puxa, ele deve ter tido uma formação majestosa. Examinamos depois mais cuidadosamente a escura caverna do seu passado e compreendemos que era
repleta de fracassos e tragédia, tristeza e sofrimento. Ficamos surpresos e até chocados.
O aço da grandeza é forjado no fogo. Isso se aplica a todos nós. Nunca se esqueça disso, especialmente quando você estiver em meio ao fogo e convencido de que nada de valor sairá dessa experiência.

Fonte – Charles Swindoll – Série Heróis da fé

Deus te abençoe!

Pela cruz de Cristo, Maristela Guimarães

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