Um milagre chamado Israel....


"...E eis que ele estava entregue à sua obra..."
O texto que tenho lido e comentado é sobre vaso. É sobre vaso de barro...
Pensemos na utilidade do vaso...
Como mulher tenho que dizer que um vaso é praticamente um "serve pra tudo"...  um pouquinho de criatividade e ele vai se alojando em diversos lugares. Se for um mulher com ideias recicláveis então, o que se consegue fazer é inacreditável.  O vaso é um objeto de fácil manuseio com diversidade de formas e formatos. Ele pode ser  rústico, moderno, formal. Ele vai de ambientes simples e humildes a verdadeiros luxos e requintes. Ele tem expressão, vida própria... mas sempre divide seu espaço com outras ideias e objetos.  
Pensemos na intenção do artista... que quando começa a fazer o vaso o idealiza. Em sua mente já tem pensamentos a respeito de como ele poderá ser. Qual tamanho que ele terá. O seu formato. Qual estilo representará... qual será sua verdadeira utilidade. Posso imaginar o ar sonhador no rosto do oleiro. Posso pensar nas caras e bocas que ele foi capaz de fazer ao manusear os vasos... posso imaginar os planos que ele fazia:" Esse aqui será para alas de hospitais. Vai sempre alegrar o ambiente de tristeza, desconforto e dor. Agora, este poderá facilmente representar toda a olaria no palácio do rei. Vai ser grande para trazer à memória dos poderosos o meu trabalho. Aquele,  vai direto para uma casa simples e humilde... à uma mãe triste vai alegrar. 
Em planos aqui, ali, ele vai organizando os vasos. 
Ele para, olha em volta e começa fazer um em particular. Ele começa com aspectos bem peculiares: "Uma peça rara, vou criar. Novo formato, espessura. Ele terá que transmitir fragilidade porém, com poder. Terá que mostrar simplicidade mas com um toque de graça. Terá que ser humilde mas com um sutil ar de nobreza...Terá que ser um memorial, terá que ser história e terá que fazer história! Terá que apontar pra minha olaria, terá que mostrar o meu amor pelo barro, terá que ser específico... ele terá um propósito:   carregar o óleo fresco todas as manhãs... perfumar. Ele deverá ser para o meu prazer. E então, deu-lhe um nome: Israel 
Não era um vaso comum... nunca foi e nunca será. 
Apesar da estrutura ser barro o vaso era único, exclusivo e desejado. Ele não seria vendido. Nunca seria mercadoria de prateleira... não. Era do Oleiro para o Oleiro. 
Uma peça rara, de valor incalculável. 
Um milagre chamado Israel....

Pela cruz de Cristo, Maristela Guimarães. 

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