ABA... meu Pai.

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Se Deus é Pai, então os discípulos são os seus filhos.

Recebestes um espírito de adoção, no qual chamamos Aba! Pai!  (Lucas 11,1-4)

Hoje pela manhã separei algumas horas para estudar sobre o novo testamento, mais precisamente, os evangelhos. Observando o termo Pai, característico das falas de Jesus, Aba (aramaico - grego) Pai, trouxe ao meu coração um sentimento muito gostoso de adoção, de aceitação da parte de Deus em relação a mim. Fiquei pensando como é bom ter Deus como  Pai e como deve ser difícil para os que não estimam Deus, encarar a vida. De repente, minha mente viajou de volta a um passado recente... a perda do meu pai. Quando dei por mim parecia que eu estava caindo num abismo sem fim. Era somente eu com tudo escuro à minha volta. Uma sensação de estar solta no ar em grande desespero e solidão... era um momento de insegurança e abandono que parecia durar uma eternidade. Eu não conseguia respirar, minhas mãos suavam e as paredes iam se fechando e aproximando de mim e me apertando... isso é o que os entendidos chamam de síndrome de pânico. A evidência de total abandono se instalou dentro de mim. Já havia perdido minha mãe seis meses antes e pensar em caminhar sozinha sem a referência paterna ao meu lado, era atordoante... foi nesse tempo que o Espírito Santo me levou a escrever as promessas de Deus e sair colando em todos os lugares de minha casa. Dessa forma, Deus foi me revelando sua paternidade e me mostrando que não estava só. Num certo dia, já com tanta saudade e carência, minha oração em lágrimas tocou o coração do Pai... eu pedi, eu supliquei a presença dele, na verdade era o toque... eu precisava do toque. E naquele momento a sua mão no meu ombro me dava tanta paz, tanto consolo... era nada mais, nada menos que a mão do meu Aba, Pai. Assim todo desespero se foi e o Espírito Santo me consolava e ainda me consola.

Joachim Jeremias, erudito no Novo Testamento, descreve quão raramente o termo era usado:

“Com a ajuda de meus assistentes, examinei a literatura devocional do antigo judaísmo... O resultado desses exames foi que, em lugar algum dessa vasta literatura, foi achada a invocação de Deus como "Aba Pai". Aba era uma palavra comum; uma palavra familiar e corriqueira. Nenhum judeu teria ousado tratar Deus dessa maneira. Não obstante, Jesus o fez em todas as suas orações a nós legadas, com uma única exceção: o brado da cruz — ‘Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?’ Na oração do Senhor, Jesus autorizou os discípulos a repetirem a palavra Aba depois dEle, dando-lhes o direito de partilharem sua condição de Filho. Autorizou-os a falar com o seu Pai celeste de um modo mais confiante e familiar.”

As duas primeiras palavras da oração do Senhor são plenas de significado: "Pai nosso" lembra-nos que somos bem-vindos à Casa de Deus porque fomos adotados pelo dono. – Max Lucado

OgAAABuX2ZsMCal6tW6WZafM7-oVIh10g9hD6Wvy0ZaR7NSD4NR8mL9ltdPHukNZ9TBFO8XUGY-mi1zTAhg0rR72o5IAm1T1UBVeSDJd5Mxe4lm1QIyi-2V6vo-D Em suma, a palavra Abba é mais forte do que todos os problemas, enigmas e angústias. Pois a palavra é justamente o que Deus é... PAI. Que a sua estima por Deus seja a de Pai ao ponto dele o ter como filho.

Pela cruz de Cristo, Maristela Guimarães.

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