"Quem tem fé vê o que as pessoas normalmente não veem."

Quem tem fé vê o que as pessoas normalmente não veem.
Este é o caso de Elias, um profeta do norte de Israel, que obedeceu a Deus no século 9 antes de Cristo, tendo que enfrentar um rei que decidira seguir a um deus fenício da fertilidade, chamado Baal. O preço que pagou foi alto por ficar ao lado de Deus.
Somos apresentados ao profeta no contexto de uma seca, que Elias garantiu que duraria alguns anos. Nesse período duro nada lhe faltou, nem água nem comida.
 Com Elias, aprendemos que podemos viver pela fé, que nos faz ver além do que os olhos naturais enxergam.
 "Ora, Elias, de Tisbe, em Gileade, disse a Acabe:
-- Juro pelo nome do Senhor, o Deus de Israel, a quem sirvo, que não cairá orvalho nem chuva nos anos seguintes, exceto mediante a minha palavra".
(1Reis 17.1)
 Quando as coisas naturais acontecem naturalmente, é por causa da intervenção fundadora de Deus. Quando as coisas naturais têm seu funcionamento alterado, é por causa da intervenção realizadora de Deus, seja por sua vontade permissiva ou por sua vontade proativa.
A natureza não é divina, nem Deus se esgota nela. Contudo, Deus fala através dela e as chamadas leis naturais foram dadas por Deus. Devemos respeitar essas leis como mandamentos fixos de Deus. Quando pedimos a Deus um milagre, devemos saber que estamos rogando que Ele quebre as leis que criou. Devemos ser parcimoniosos neste tipo de pedido. Devemos até verificar se não infringimos conscientemente as leis. Devemos aceitar quando Deus decide deixar as leis livres para produzir as suas consequências. Devemos pensar nas leis como coisas boas de Deus, logo como manifestações do seu amor para conosco.
Elias sabia que a chuva caía sobre a terra por causa dessa vontade de Deus, mesmo que invisível, mesmo que funcionando sob leis espirituais, embora aparentemente naturais. Elias confiava inteiramente no poder deste Deus soberano e sábio.
O rei de Israel, Acabe, acreditava no seu próprio poder, ao ponto de acreditar que havia deuses a seu serviço, os quais ele controlava. Acabe é o protótipo daqueles que acham que seguem os padrões vigentes, como se fossem certos só porque todos acham certo. Diferentemente, Elias não segue a multidão; Elias segue a Deus. Ele buscou, como ensinaria Jesus, o reino de Deus em primeiro lugar (Mateus 6.33).
Acabe é o protótipo daqueles que acham que as soluções para seus problemas, sejam quais forem, estão na manipulação de pessoas e coisas. Para isto, ele mantinha um séquito de profetas, que se diziam capazes de fazer os deuses estrangeiros Baal e Asera agir conforme a vontade do rei de Israel. Estes assessores montavam a 850, coordenados por sua própria esposa, a fenícia Jezabel. Elias acreditava que só podia contar com o Senhor Deus, único e imanipulável. Elias acreditava que as soluções para os seus problemas, e os da nação, vinham do Deus único, a quem pedia e em quem esperava, confiando que agiria em seu favor, pela fé.
Na verdade, os dois estilos de vida nos mostram que "temos que escolher, todos os dias, se queremos seguir Acabe ou Elias".  
Acabe achava que podia fazer chover. Elias acreditava que Deus podia fazer chover, mandando ou retendo a chuva.
Acabe se comunicava com seus deuses por meio de profetas e artifícios. Acabe é o protótipo das pessoas amarradas à superstição, da qual dependia. Elias se comunicava com Deus por meio da oração e se submetia a Deus.
Quando o autor do primeiro livro de Reis apresenta sua biografia de Elias, ele começa por mostrar que era um homem de oração. Este homem de oração foi comissionado por Deus para trazer o povo de Israel ao bom caminho de novo, do qual estava afastado por escolha própria e pela influência do sistema comandado por Acabe e Jezabel. 
O autor deixa implícito que Deus ia usar as condições naturais para fazer o provo refletir e se arrepender. O povo estava satisfeito com seu sistema, sistema que dizia quando ia chover e quando não ia chover, esquecido que era Deus quem controlava a natureza. Deus disse a Elias que não iria chover por três anos seguidos. Por sua comunhão com Deus, Elias sabia e revelou ao povo a vontade de Deus.
Todos duvidaram. Acabe duvidou de Elias. Jezabel duvidou do profeta de Deus. Os 850 profetas do seu palácio duvidaram dos minguados profetas fieis a Deus, entre os quais Elias. Eles garantiam que, ao seu grito, ao seu comando de ordem, os deuses estrangeiros da fertilidade fariam a chuva regar a terra.
Elias não duvidou de Deus. Elias acreditava que a seca era uma realidade, embora ninguém a notasse ainda. Elias acreditava que a estação da seca acabaria quando Deus assim o determinasse. Elias acreditava que a vontade de Deus lhe seria revelada e, por seu intermédio, todos saberiam que Deus é Deus e que os deuses não invenções surdas e mudas dos seres humanos.
Elias faz uma notável declaração de fé.
Olhamos para um gigante da fé, como Elias, e dizemos: não conseguimos ser como ele. Contudo, Tiago nos lembra que o profeta "era humano como nós". O que ele fez for orar "fervorosamente para que não chovesse". Nossa causa pode ser outra, mas aprendemos com ele que podemos orar ao mesmo poderoso Deus, que nos responde (Tiago 5.17).

Conteúdo abençoador! Li,gostei,postei... 

Site Prazer da palavra - ISRAEL BELO DE AZEVEDO

Boa noite!

Pela cruz de cristo,Maristela Guimarães.

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