Os inexperientes do deserto

Então disse o príncipe do exército do Senhor a Josué: Descalça os sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim.
Josué 5:15

Eram homens de 40 anos para baixo... filhos dos guerreiros que por desobediência não entraram na Terra prometida. Tiveram sua experiência de também caminha em rio seco, receber o maná diário mas até agora, não haviam lutado, batalhado como exército. Até aquele momento Josué estava liderando homens inexperientes em batalhas. Havia um problema maior ainda... eles foram gerados no deserto portanto nenhum deles tinham sido circuncidado. Como batalhar em nome de Deus sem a marca de separação, consagração,  purificação? O ato de purificação era para expressar separação.  Povo consagrado ao Deus único e vivo. Era como se Deus estivesse dizendo a Josué: sem purificação não há promessa. Sem purificação não há batalha. Sem purificação não há Vitória.
E Josué precisou circuncidar todos os homens. Foram dias de dores...
Eu creio que para nós hoje, o ensinamento é claro, espiritualmente: sem purificação, sem consagração não havemos de receber as promessas pessoais e coletivas como povo de Deus. Como pisar na terra Santa sem estar de acordo com a aliança? Era um fato... os homens estavam fora do pacto.  Eram inexperientes na aliança.  E essa é a pior é mais preocupante inexperiência que alguém pode ter: a falta de experiência com as coisas de Deus, a falta do comprometimento de alma. Eles estavam separados mas não eram separados... envolvidos, mas  sem envolvimento.  Após o ato," Disse mais o Senhor a Josué: Hoje retirei de sobre vós o opróbrio do Egito; por isso o nome daquele lugar se chamou Gilgal, até ao dia de hoje."
Josué 5:9
 Era simbólico... era pedagógico, era espiritual.  Enquanto não houvesse um momento de perda não haveria ganho algum... Deus tirou pele, sangue daqueles homens para marcá-los para sempre como geração separada, purificada, consagrada. Doeu? Obviamente... até porque o cirúrgico daquele tempo não se pode comparar aos de hoje. Febre, dores no corpo, infecção... repouso. Mas depois, veio a festa. Era Páscoa... a primeira depois de longos anos no deserto. E sim, eles estavam prontos para pisar na Terra Santa e possuí-la. Tomar posse do que era deles por direito... Eles estavam prontos para a batalha. Agora, eram um exército de verdade. 
Eu aprendo com esse texto, muita coisa... mas principalmente, que estar em  Gilgal é preciso. Lugar de acampar, rever minhas condições no exército,  o que é preciso para me posicionar do jeito certo, passar pela dor de perder algo avistando a promessa... Gilgal era passagem, mas o lugar de passagem pode ser pedagógico, preparatório  para chegar no lugar certo.  

Que Deus remova o opróbrio... e que a maturidade nos alcance. 

Pela cruz de Cristo, Maristela Guimarães.

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