De volta às fábulas...




"Levanta tua voz e anuncia..."" O que o pasto é para o rebanho, a casa para o homem, o ninho para o passarinho, a Penha para a cabra, o arroio para o peixe, a Bíblia é para a alma fiel." LUTERO
Tal homem, precursor de uma relação efetiva com a Palavra, antes da religião. Ele enxergou o sistema religioso como deveria ser visto. Pagou um preço... como todo revolucionário. E o legado que nos deixou, corremos o risco de perder.
Conta, o pequeno livro Heróis da fé, que o reformador nas suas meditações sobre as Escrituras, muitas vezes se esquecia das refeições. Ao escrever sobre o salmo 23, passou 3 dias no quarto comendo pão e sal. Quando a esposa chamou um serralheiro e quebraram a fechadura, acharam- no escrevendo, mergulhado em pensamentos e esquecido de tudo em redor. Ele era alguém ávido por mais da revelação de Deus... o mesmo orava horas a fio.
Toda vez que leio sobre esses grandes homens e mulheres de fé, apesar de saber que são experiências para agregar à minha fé, tenho intensa vergonha de quão longe estou.. hoje, especialmente, vivo um dia desses. E por pensar nisso é que veio esse título: De volta às fábulas.
Lembra do episódio do bezerro de ouro?O povo, ao ver que Moisés demorava descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: “Venha, faça para nós deuses[a] que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu”. Êxodo 32.
O povo que saiu do Egito naquele auge de livramento não foi capaz de ficar uns dias sem a companhia de Moisés. Mas, Moisés no meio do povo não  era o símbolo da presença de Deus? Então, se não tem Moisés não tem Deus. Mentalidade de escravo... tem que ter um que responda por nós.
A tal carência espiritual que faz desejar o indesejável. Que faz querer o imprudente e fazer o desaconselhável. Temo por essa carência... nos dias de hoje.
Vivemos a irresponsabilidade da fé, assim como eles viveram. Não queremos ler a bíblia... outros leem por nós. Não queremos gerar nossa própria adoração. Outros fazem por nós. Não queremos adquirir experiências com Deus então, alimentamos das sobras que caem da mesa dos outros.
 Uma geração que paga para alguém pregar bem, cantar bem, ser ungido dos pés a cabeça... fest food.
Um tempo em que os cristãos ficaram desprovidos de inteligência espiritual. Tudo Se profissionalizou: Showroom gospel.
Eu não tenho dificuldade com o processo acelerado da mídia, dos recursos inovadores da tecnologia, com as inovações dos pensamentos filosóficos desta era. Não mesmo! Mas, o sagrado é algo que deveria ser por nós, filhos de Deus, protegido, guardado, processado na mente, deleitado pela alma...
A coisa ficou tão "fácil" que perdeu a essência. A Palavra precisa ter acesso ao nosso coração, alma, à mente e principalmente, ao nosso caráter. Nas grandes perseguições, o cristão lutava para "manter" escondidos pequenos fragmentos que sobravam das queimadas. Em alguns povos, tribos, ainda hoje, por não ter acesso a bíblia, fazem festa quando um exemplar é destinado a eles.
Será que vamos ter que passar por algo parecido para preservar mais o zelo pela Palavra. O que está faltando entre nós é justamente o que não está acontecendo dentro de nós... apego à Palavra de Deus. Hoje, o que vemos é uma multidão com comichões nos ouvidos...
" Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. " 2 Timóteo 4:3-5
Eu sei que é uma palavra dura... doeu aqui em meu peito. Mas ardeu... então, não dá pra ser diferente.
Pregue a Palavra...
Pela cruz de Cristo, Maristela Guimarães.

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